EDITOR: Edgar Olimpio de Souza (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

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Mais medo menos sustos

Houve um tempo em que os filmes de terror assustavam pela atmosfera angustiante e pela sugestão de medo.

Um simples passeio na floresta, sem efeitos especiais e apelações de qualquer tipo, ganhava contornos torturantes.

Nos últimos anos, as produções do gênero costumam investir em sustos fáceis, como aparições repentinas, ruídos soturnos e psicopatas mascarados perseguindo jovens.

Quem curte a estética do passado pode matar a saudade com a coleção Obras-Primas do Terror (Distribuidora Versátil, R$ 69,90), que, em três discos, reúne seis filmes antológicos do gênero realizados entre 1945 e 1964.

Com certa dose de erotismo, O Chicote e o Corpo (1963), do diretor italiano Mario Bava, um nobre assassinado (Christopher Lee) volta do mundo dos mortos para assombrar os residentes de seu castelo.

Em A Orgia da Morte (1964), adaptação do cineasta americano Roger Corman para uma história de Edgar Allan Poe, uma aldeia é devastada pela peste enquanto um sinistro príncipe (Vincent Price) organiza um baile máscaras em seu castelo.

Dirigido pelo americano Robert Wise, e protagonizado pelos lendários atores Boris Karloff e Bela Lugosi, O Túmulo Vazio (1945) mostra os esforços de um cocheiro para fornecer cadáveres para pesquisas médicas.

Na Solidão da Noite (1945) são cinco histórias fantásticas pilotadas pelo cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti (dois episódios), Robert Hamer, Basil Dearden e Charles Crichton.

Em um dos episódios, um arquiteto, vítima de pesadelos freqüentes, é convidado a passar um fim de semana no campo. 

Clássico no gênero, A Noite do Demônio (1957), de Jacques Tourneur, acompanha a viagem de um renomado cientista americano à Inglaterra para desmascarar um pesquisador de magia negra.

Ambientado em pequena cidade inglesa, A Aldeia dos Amaldiçoados (1960), de Wolf Rilla, aborda um grupo de mulheres que, após um misterioso blecaute, engravida e dão à luz no mesmo dia e hora.

Diferentemente do terror contemporâneo, tais obras antigas tinham a preocupação em tecer alegorias políticas e comentários sociais. 

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