O busão da Sinhá Zózima

Os passageiros sobem em um ônibus não para ir ao trabalho ou passear, mas para assistir a um espetáculo teatral que acontece dentro do veículo.

No caso, Dentro é lugar longe, encenada pela inquieta Trupe Sinhá Zózima durante os meses de maio e junho.

O embarque do público é feito num espaço reservado no Terminal Parque Dom Pedro II e o coletivo, sem catracas, circula por ruas e avenidas da capital paulistana.

No dia 1º de maio acontece uma sessão com platéia especial, formada por motoristas e cobradores de ônibus.

Com dramaturgia de Rudinei Borges e direção de Anderson Maurício, a peça emaranha histórias pinçadas desde a infância dos atores da companhia.

O jogo de memórias e lembranças potencializa o conceito da viagem como um movimento que reproduz e traduz a vida. 

Os relatos foram colhidos dos atores Alessandra Della Santa, Junior Docini, Maria Alencar, Priscila Reis e Tatiane Lustoza.

O elenco dá vida a cinco narradores/meninos.

Como diz um deles, “a gente vive para contar o que fez, não fez, o que viu, não viu.”

Criado em 2007, o grupo desenvolve esse tipo de linguagem, que transforma o interior do ônibus em espaço cênico, o corredor em palco.   

A trupe estreou com Cordel do Amor sem fim, de Cláudia Barral, e encenou também o monólogo Valsa Nº 6, de Nelson Rodrigues, ambas as montagens dentro de um coletivo.

Mais informações pelo fone (11) 96292-0447, email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou site: www.sinhazozima.com.br  

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